Enquanto o SEO posiciona links de conteúdos em buscadores como Google, Bing e Yahoo, o GEO menciona marcas e conteúdos através de respostas das IAs como GPT, Gemini, Claude e perplexity.
A relação entre SEO (Search Engine Optimization) e GEO (Generative Engine Optimization) é de evolução e complemento, e não de substituição. O GEO é considerado o próximo passo na jornada de otimização digital.
A busca mudou de página para parágrafo. Se antes vencer era ocupar as primeiras posições do Google, agora é também ser a fonte que alimenta respostas produzidas por sistemas generativos. Isso não mata o SEO, pelo contrário: amplia o jogo. O SEO continua sendo a base que garante que seu site é rápido, rastreável, relevante e confiável. Como detalhado em nosso Guia Principal: GEO para PMEs, o GEO entra como a camada que transforma o seu conteúdo em referência citável por motores de IA. Juntos, SEO e GEO formam a dupla que sustenta o crescimento orgânico moderno e posiciona sua marca para aparecer tanto nos resultados tradicionais quanto nas respostas geradas por IA.
Nesse novo cenário, marcas que combinam SEO e GEO conseguem três ganhos simultâneos:
- Visibilidade nas SERPs
- Presença nas respostas generativas
- Consistência de marca nos canais e superfícies de resposta
O resultado é mais tráfego qualificado, mais lembrança e mais conversões, inclusive nos casos em que o clique não acontece, mas a decisão é tomada a partir da sua resposta.
Resumindo:
- SEO é a fundação: rastreabilidade, estrutura, relevância, UX e autoridade.
- GEO é a camada de distribuição generativa: dados originais, clareza canônica, citabilidade e consistência em formatos que LLMs “entendem”.
O jogo não é SEO vs GEO; é SEO mais GEO, orquestrados por intenção de busca e por tipo de superfície de exibição.
Na Making, com nossa experiência desde 2003 em performance digital, entendemos que a integração eficaz de SEO e GEO é fundamental para o sucesso das PMEs na Era da IA, e este artigo reflete nossa visão e metodologia.
O que é SEO e o que é GEO
SEO é o conjunto de práticas para posicionar páginas e módulos orgânicos em buscadores tradicionais, focando em relevância, autoridade e experiência. Já GEO é a otimização para que sua marca e seu conteúdo sejam citados por IAs generativas, com ou sem link. Em essência, SEO busca posições, enquanto GEO busca presença dentro da resposta da IA.
Quando pensamos em intenção, o SEO captura a demanda explícita digitada na caixa de busca. O GEO captura a influência no momento em que a IA compõe a resposta e pode direcionar a preferência mesmo antes do clique. Ambos aumentam lembrança de marca, credibilidade e conversões, mas fazem isso em superfícies diferentes.
Enquanto o SEO é a base sólida do Marketing Digital. GEO é a camada generativa da busca.
Quais as semelhanças entre SEO e GEO?
SEO e GEO compartilham a necessidade de conteúdo claro, fontes confiáveis e sinalização de autoridade, beneficiando-se de ativos consistentes (guias, comparativos, estudos originais) e taxonomia rígida para entidades. Tanto no SEO quanto no GEO, a cadência importa: melhorar a “citabilidade” de um conteúdo e revalidar as entidades com o tempo tende a amplificar a presença de forma composta.
Boas práticas, como títulos descritivos, parágrafos curtos, linguagem direta e dados verificáveis, servem aos dois mundos. O que muda é a forma de leitura: buscadores tradicionais priorizam cliques e o tempo que o usuário passa na página. IAs priorizam trechos citáveis, clareza de entidades e consistência semântica.
Quais as diferenças cruciais entre SEO e GEO?
A principal distinção entre SEO e GEO reside em seus KPIs primários e nas superfícies onde atuam: SEO foca em posições e cliques em SERPs, enquanto GEO busca presença e citações em respostas de IAs. O trabalho do SEO foca em arquitetura, performance, backlinks e mapeamento de intenção para ranquear. O de GEO foca em tornar seus conteúdos “citáveis”: comparativos objetivos, guias de referência, dados proprietários e uma articulação de entidades que facilite a menção.
Em presença, o SEO aparece como posições e snippets. O GEO aparece como menções e trechos utilizados pela IA. Em velocidade, o GEO costuma reagir um pouco mais rápido a ajustes de conteúdo citável do que a SERP clássica reage a mudanças de SEO. No funil, SEO tende a puxar tráfego direto; GEO tende a influenciar preferência e conversão assistida e frequentemente, reorienta o clique para as páginas que melhor sustentam a resposta.
Para não complicar a medição: no SEO, foque em posições, CTR, tráfego orgânico e conversões. No GEO, acompanhe sua taxa de presença generativa (GPR), que é o percentual de buscas testadas em que sua marca é citada nas respostas de IA. Monitore também a participação de voz generativa (G-SOV), que indica sua fatia do total de citações em comparação com os concorrentes. Além disso, analise quais páginas e trechos estão sendo citados e o impacto direto dessas páginas no tráfego e nas conversões.
| Aspecto | SEO Tradicional (Search Engine Optimization) | GEO (Generative Engine Optimization) |
| Definição | Otimização para buscadores tradicionais, focada em ranquear links. | Otimização para motores de geração, focada em ser citado pelas IAs generativas. |
| Objetivo Principal | Aparecer no topo da lista de resultados do Google (ranking). | Ser citado pelas IAs como fonte confiável nas respostas diretas. |
| Foco do Conteúdo | Otimizado para crawlers e ranqueamento em listas. | Otimizado para interpretação por IA e extração de chunks (conteúdo citável). |
| Autoridade | Baseada em backlinks de qualidade e reputação. | Baseada em consistência de menções e no fortalecimento do E-E-A-T (Experiência, Especialização, Autoridade e Confiabilidade). |
| Métrica de Sucesso | Cliques, posições, tráfego orgânico e CTR (Taxa de Cliques). | Frequência de citações em IA, reconhecimento de marca e tráfego qualificado. |
| Onde o Cliente Encontra | Lista de resultados do Google. | Respostas diretas de IA (AI Overviews do Google, ChatGPT, Gemini, Perplexity). |
Como medir citações em IAs
Medir “citações em IAs” é viável com um processo simples de amostragem. Primeiro, defina um painel de prompts que represente sua demanda:
- navegação por marca,
- categoria,
- comparativos,
- problemas e perguntas de alto valor.
Em seguida, rode esses prompts em cadência quinzenal nos principais modelos e capture a presença da sua marca, links e trechos citados. Esse recorte alimenta dois indicadores chave:
- Taxa de Presença Generativa (GPR): que mostra em quantos testes sua marca aparece.
- Participação de Voz Generativa (G-SOV), que mostra quanto da “voz” gerada pela IA sua marca detém frente aos concorrentes.
A partir daí, trace a ponte com negócio. Relacione as páginas citadas a sessões, taxas de conversão e oportunidades de pipeline. Quando possível, inclua uma pergunta assistida às equipes comerciais: “O que influenciou sua decisão?” Sinais de percepção ajudam a confirmar que a presença gerativa está virando preferência. Com o tempo, expanda o painel, refina prompts ambíguos e normalize variações de modelos e versões.
Quando houver limitação de tempo, priorize buscas de alta intenção (comparativos e escolhas entre fornecedores) e perguntas de produto que costumam travar a decisão de compra. Mesmo uma amostra menor, se bem desenhada, já é suficiente para mostrar a tendência.
Prazos e expectativas para ver resultados: GEO é uma maratona, não um sprint
Assim como o SEO, o GEO é uma estratégia de longo prazo, uma verdadeira maratona que exige consistência, paciência e melhoria contínua. E vamos começar essa “maratona” colocando os pés no chão e sendo realistas: Generative Engine Optimization (GEO) é uma disciplina em sua infância. O termo foi formalizado e difundido por seis pesquisadores em novembro de 2023 em um artigo científico. Isso significa que, ao contrário do SEO tradicional, que possui décadas de dados e observações, ainda é prematuro para as empresas especializadas definirem com precisão um tempo padrão e garantido para ver resultados significativos em GEO.
Assim como as estratégias mais robustas de SEO, os resultados de GEO tendem a se manifestar no médio e longo prazo. Isso ocorre porque os modelos de linguagem grande (LLMs) que alimentam os motores generativos são treinados e atualizados periodicamente, e o processo de construção de autoridade, confiabilidade e “citabilidade” de um domínio leva tempo.
Fatores que influenciam o tempo de reconhecimento pela IA:
- Qualidade e Autoridade do Conteúdo: A IA prioriza fontes percebidas como autoritativas e confiáveis. Construir essa credibilidade por meio de conteúdo de alta qualidade, bem referenciado e com dados exclusivos não é um processo instantâneo.
- Estruturação de Dados: A implementação de dados estruturados e de uma formatação que facilita a extração de informações pela IA exige um trabalho contínuo.
- Nível de Concorrência: Em nichos com maior concorrência, pode levar mais tempo para que seu conteúdo se destaque o suficiente para ser citado pela IA.
- Frequência de Atualização dos Modelos: Os modelos de IA generativa (como o que gera o AI Overview do Google) são atualizados em intervalos que podem não ser diários, o que significa que pode levar semanas ou meses para que seus esforços de otimização sejam totalmente absorvidos.
Portanto, embora possamos traçar planos de ação e observar sinais iniciais de reconhecimento, não é possível afirmar um tempo exato para a consolidação dos resultados. As estimativas existentes no mercado são baseadas nos princípios de construção de autoridade e na velocidade de resposta observada nos mecanismos de IA, e não em garantias. A visibilidade e o reconhecimento pela IA são os principais indicadores de sucesso a serem monitorados.
Para se aprofundar:
- Saiba como as AI Overviews estão Transformando a Busca e o SEO das PMEs
- AI Mode no Brasil: O que é e como ela transforma a busca de uma simples lista de links para uma experiência conversacional e inteligente.
Como começar a otimizar para GEO sem complicação?
Comece ancorando três peças:
- Comparativo honesto da sua categoria;
- Guia de referência que organize a decisão;
- Artigo de dados originais (mesmo que pequeno).
Esses ativos costumam ser citados porque ajudam a IA a “explicar” a resposta. Padronize nomes, desambigue categorias e mantenha consistência entre páginas e metadados. Depois, crie um painel de prompts enxuto, rode a medição de GPR e G‑SOV e feche o ciclo ligando páginas citadas a conversões.
Para equipes enxutas: encaixe isso num plano de 30, 60 e 90 dias; nas primeiras quatro semanas, publique os três ativos âncora e normalize nomenclaturas; nas oito semanas seguintes, itere títulos, FAQs de alto valor e blocos de evidência; a partir do terceiro mês, amplie a amostra de prompts, fortaleça interligações internas e refine dados proprietários.
Onde usar bullets: apenas para listas de métricas, passos ou prazos. O restante, em parágrafos curtos, facilita leitura humana e citabilidade pelas IAs.
Em quais casos de uso o GEO vale o esforço?
GEO brilha em momentos de comparação e escolha. Quando a IA precisa decidir “quem recomendar” ou “qual rota é mais segura”, conteúdos que assumem a dor do usuário, mostram critérios explícitos e oferecem evidências tendem a aparecer.
Em categorias onde confiança pesa: finanças, saúde, B2B técnico e software, chegar como citação confiável pode ser o fator que antecipa a preferência e reduz o ciclo de vendas.
Quais os riscos comuns do GEO e como evitá-los?
O principal risco é inflar volume e perder citabilidade. Conteúdos genéricos e repetitivos raramente entram na resposta da IA. O segundo risco é a ambiguidade: nomes parecidos e taxonomias mudando atrapalham. O terceiro é medir o que não move o negócio: foque em presença útil, não apenas em volume de menções. Mitigue com uma biblioteca enxuta de ativos “de referência”, nomeação consistente e um painel de prompts que represente decisões reais.
FAQ: Respondendo às dúvidas que mais ouvimos aqui na Making
- O que é a principal diferença entre SEO e GEO?
SEO otimiza páginas para serem encontradas e clicadas; GEO otimiza conteúdos e alegações para serem citados e recomendados por motores generativos.
- Preciso abandonar o SEO para focar em GEO?
Não. GEO se apoia em uma base de SEO forte. O melhor resultado vem da combinação.
- Como posso começar a otimizar meu conteúdo para GEO?
Estruture as respostas com resumos iniciais concisos, declare todos os critérios de avaliação, cite fontes confiáveis, deixe a metodologia e os limites explícitos e mantenha a consistência entre todos os seus canais.
- A IA vai substituir os redatores humanos?
Não. A IA acelera pesquisa e rascunhos, mas estratégia, julgamento, tom de voz e validação continuam humanos.
- Quais são os riscos de não otimizar para GEO?
Perder espaço em respostas generativas, reduzir a citabilidade, diluir a autoridade e ver concorrentes ocuparem o espaço de destaque para recomendações.
- Como medir resultados em superfícies generativas?
Considerando que o GEO foi formalizado em novembro de 2023, ainda é prematuro definir um tempo exato para ver resultados. Assim como no SEO, o GEO é uma estratégia de médio a longo prazo. O tempo para que seu conteúdo seja reconhecido e citado pelas IAs depende da qualidade e autoridade do seu conteúdo, da correta estruturação de dados, do nível de concorrência e da frequência de atualização dos modelos de IA. O foco deve ser na construção consistente de autoridade e na visibilidade do seu conteúdo como fonte confiável.
- Quanto tempo leva para ver resultados e impactos em GEO?
O GEO é uma estratégia de longo prazo, mas sinais iniciais de impacto podem ser observados entre 2 a 4 semanas, especialmente se o conteúdo já for rico em dados originais e comparativos. Resultados mais consistentes tendem a aparecer entre 8 a 12 semanas. Para termos muito competitivos, a consolidação pode levar até 6 meses. É crucial entender que o ritmo depende da autoridade do domínio, da originalidade dos dados e da cadência de atualização do conteúdo, e que a construção de autoridade é um processo contínuo que exige dedicação e paciência.
- A Making pode me ajudar com SEO e GEO?
Sim. Cuidamos do diagnóstico até a implementação, combinando conhecimento técnico de otimização com diretrizes de conteúdo para motores generativos, focando em comparativos, guias e páginas que levam à conversão.
A Sinergia Essencial: SEO como Fundação, GEO como Camada Generativa
Ao longo deste artigo, desvendamos a relação dinâmica entre SEO e GEO, mostrando que, longe de serem concorrentes, eles são aliados estratégicos indispensáveis na nova Era da Busca. O SEO, com sua base sólida em rastreabilidade, relevância e autoridade, continua sendo a fundação fundamental que garante a saúde e a visibilidade do seu site. O GEO, por sua vez, emerge como a camada generativa que eleva seu conteúdo, transformando-o em uma fonte confiável e citável para as IAs que moldam as respostas e as decisões dos usuários.
Para as PMEs, essa sinergia representa uma oportunidade única de amplificar a presença digital: não apenas conquistando posições nas SERPs tradicionais, mas também garantindo um lugar de destaque nas respostas diretas e influentes geradas pela inteligência artificial. Entender as diferenças e semelhanças, adaptar a produção de conteúdo para ser ‘citável’ e mensurar o sucesso com novas métricas como a Taxa de Presença Generativa (GPR) e Participação de Voz Generativa (G-SOV) são passos cruciais para navegar com sucesso neste cenário em constante evolução.
Lembre-se: a jornada de otimização, seja para SEO ou GEO, é uma maratona que exige consistência, paciência e melhoria contínua. O investimento em conteúdo (feito para pessoas) de qualidade, originalidade e uma estratégia integrada é o que garantirá que sua marca não apenas seja encontrada, mas também seja a voz confiável que molda as decisões dos seus clientes na era da IA.
Comece agora a colocar sua empresa no mapa da busca generativa e boa sorte!

