Migração de sites e SEO: como evitar perdas irreversíveis de tráfego

Migração de sites e SEO: como evitar perdas irreversíveis de tráfego

Migrar um site é um processo complexo que, se não for bem executado, pode resultar em perdas significativas de tráfego e receita. Para minimizar riscos, é fundamental alinhar estratégias de negócios com as melhores práticas de SEO, garantindo que cada etapa seja planejada e monitorada cuidadosamente.

A maioria dos casos que chegam até nós, são de donos de sites ou lojas virtuais que não sabem nada de SEO e não fazem o acompanhamento através de ferramentas como o Google Analytics, e Search Console, por exemplo.

Embora isso esteja mudando, a grande parte ainda nem sequer sabe os motivos de perda de conversão (pois é o que eles mais sentem, tendo em vista que muitos nem acompanham o volume de tráfego). Chegam até nós, informando estarem “apostando tudo” no novo site e que “realmente ficou muito mais bonito” que o site antigo, mas o número de contatos ou vendas do site antigo sumiu.

Quando a gente vai investigar, notamos que na mudança ninguém pensou em redirecionamentos ou sequer acompanhar as páginas de erros 404 e outros pós-migração. Então se você já se viu nessa situação, saiba que era possível ter evitado e é isso que vou esclarecer neste artigo de maneira simples, como se deve proceder para evitar perda de tráfego orgânico, ou minimizar o máximo possível.

Motivos para se ter atenção com o tráfego orgânico

De acordo com pesquisas da HubSpot e da Conversion, o tráfego orgânico é responsável por uma parcela que varia entre 17% e 26% do tráfego de sites da internet. 

Segundo a Conversion, a busca orgânica é responsável por 26,2% do tráfego de sites de e-commerce no Brasil, conforme artigo publicado em seu blog em março de 2024. 

Em artigo de fevereiro de 2023, no blog da SemRush, segundo o relatório State of Marketing 2022, da HubSpot, as buscas orgânicas são responsáveis por 17% do tráfego dos sites na web. 

Nossa experiência na Making com marcas não tão conhecidas

Analisando os dados de nossos clientes, compostos por marcas não tão conhecidas no mainstream, a média do tráfego orgânico se eleva consideravelmente.

Para ilustrar tal observação, levantamos dados de tráfego orgânico de 52 sites gerenciados pela Making nos últimos 24 meses, considerando todos os dispositivos e todos os países. Esses sites pertencem a pequenos e médios negócios, incluindo tanto sites institucionais quanto lojas virtuais.

Nessa amostra interna, constatamos que a busca orgânica é responsável por, em média, 58% do tráfego total desses sites. É importante notar que alguns desses clientes investem em mídia paga, enquanto outros não. Além disso, o volume de visitas mensais varia significativamente entre os sites analisados, indo de uma média de 2 mil a mais de 100 mil visitas por mês.

Esses dados internos sugerem que, para marcas com menor reconhecimento, o tráfego orgânico pode desempenhar um papel ainda mais crucial na aquisição de visitantes e potenciais clientes.

O que acontece com o SEO durante a migração de um site?

Durante a migração, diversas alterações podem afetar o desempenho do site nos mecanismos de busca, como mudanças de domínio, estrutura de URLs, design, plataforma ou conteúdo. Cada uma dessas modificações pode impactar a indexação e o ranqueamento do site, tornando essencial um planejamento estratégico para preservar a autoridade e o tráfego orgânico.

Aliás, você sabe quais são os tipos de migração mais comuns de sites e lojas virtuais?

Quais são os tipos mais comuns de migração de sites e lojas virtuais?

Mudança de Plataforma/CMS:

Migrar de um sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS) para outro (ex: Silverstripe para WordPress, Tray para VTEX). Isso geralmente envolve a transferência de conteúdo, design, funcionalidades, estrutura de URLs, etc. É comum nesse tipo de migração que a estrutura de URLs mude completamente e, nesses casos é fundamental mapear a estrutura de ambas as plataformas, identificar diferenças entre elas e fazer o planejamento dos redirecionamentos equivalentes para não haver perda de autoridade acumulada e claro, não entregar uma má experiência de navegação do usuário.

Troca de design/layout ou reestruturação:

Alterar o design visual e/ou a estrutura do site (URLs, categorias, navegação). Isso pode ser feito na mesma plataforma ou em uma nova.

Mudança de hospedagem:

Transferir o site para um novo provedor de hospedagem, buscando melhor performance, segurança ou recursos.

Mudança de domínio:

Alterar o nome de domínio do site. Essa é uma migração complexa que requer redirecionamentos cuidadosos para preservar o SEO.

Migração de HTTP para HTTPS:

Implementar um certificado SSL e mudar o protocolo do site para uma conexão segura.

Unificação de sites:

Consolidar múltiplos sites em um único domínio (ex: separar um blog de uma loja virtual e integrá-los).

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Principais erros que levam à perda de tráfego

A falta de atenção a detalhes cruciais durante a migração pode resultar em perdas significativas de tráfego. Os erros mais comuns incluem:

Falta de planejamento e estratégia

Iniciar uma migração sem um plano detalhado pode levar a problemas inesperados. É essencial definir objetivos claros, mapear todas as URLs e estabelecer uma estratégia de redirecionamento eficaz. Para evitar perdas de tráfego, essa abordagem deve seguir um plano dividido em três etapas: planejamento, execução e monitoramento.

Implementação inadequada de redirecionamentos 301

Não configurar redirecionamentos 301 corretamente pode fazer com que usuários e mecanismos de busca encontrem páginas inexistentes, resultando em perda de autoridade e tráfego. Redirecionamentos bem implementados irão manter a integridade do SEO durante a migração.

Negligência na auditoria técnica do site

Deixar de realizar uma auditoria técnica antes do lançamento pode permitir que erros prejudiciais sejam transferidos para o ambiente ao vivo. Não deixe de executar auditorias técnicas no ambiente de teste para identificar e corrigir problemas antes da migração.

Estratégias para garantir uma migração segura

Para assegurar uma migração bem-sucedida, considere as seguintes estratégias:

Planejamento e documentação detalhados

Elabore um plano abrangente que inclua todas as etapas da migração, responsabilidades da equipe e um cronograma realista. Documente cada processo para garantir que todos os envolvidos compreendam suas funções e os objetivos do projeto.

Não deixe de mapear as URLs antigas e as URLs novas, fazer um backup do site antigo e de organizar um histórico dos principais indicadores e métricas que servirão de base para você mensurar o desempenho da mudança.

Auditoria técnica e performance no ambiente de teste

Realize uma auditoria completa no ambiente de teste para identificar e corrigir possíveis erros antes do lançamento oficial. Utilize ferramentas de análise técnica para garantir que o site esteja otimizado e livre de problemas que possam afetar o SEO, validando canonical tags, configurando corretamente o arquivo robots.txt, atualizando o sitemaP.xml, removendo páginas desnecessárias e verificando código de status (200, 404, 301).

Aproveite a migração para otimizar a performance de seu novo site (Core Web Vitals) valide se está tudo funcionando bem com relação ao design responsivo e se é amigável para smartphones e tablets. 

Defina uma estratégia clara de comunicação caso a migração afete acessos e serviços

Comunique com antecedência leads, clientes, parceiros e influenciadores sobre a mudança, explicando de forma transparente os benefícios e eventuais impactos temporários.

Se a migração for de uma loja virtual, considere oferecer um incentivo para as primeiras compras na nova plataforma — como um cupom de desconto ou frete grátis. Para clientes recorrentes, vá além: crie uma ação exclusiva para valorizá-los e incentivá-los a conhecerem e testarem a nova experiência. Isso ajuda a gerar tráfego qualificado e feedbacks importantes logo nos primeiros dias após a migração.

Atualize links externos e internos sempre que possível. Mesmo com redirecionamentos 301 funcionando corretamente, é recomendável corrigir os links quebrados ou antigos sempre que tiver acesso, garantindo uma estrutura limpa e mais eficiente tanto para usuários quanto para os mecanismos de busca.

Monitoramento contínuo após a migração

Após a migração, monitore de perto o desempenho do site, incluindo tráfego orgânico, rankings e possíveis erros de rastreamento. Ferramentas como o Google Search Console, Semrush e o Screaming Frog SEO Spider são importantes para identificar e resolver rapidamente quaisquer problemas que surgirem.

Além disso, é recomendável monitorar erros 404 e páginas com baixo desempenho de engajamento no Google Analytics e Search Console. Use os relatórios de cobertura, desempenho e sitemap do Search Console para detectar páginas não indexadas ou com quedas abruptas.

Não se esqueça de reenviar o novo sitemap.xml no Google Search Console. Isso ajuda o Google a entender a nova estrutura do site com mais rapidez.

Como recuperar tráfego perdido

Se ocorrer uma perda de tráfego após a migração, é crucial agir rapidamente:

Revisão e correção de redirecionamentos

Verifique se todos os redirecionamentos 301 foram implementados corretamente e corrija quaisquer falhas para recuperar a autoridade das páginas antigas.

Reavaliação de conteúdo e estrutura

Analise se alterações no conteúdo ou na estrutura do site impactaram negativamente o SEO e faça os ajustes necessários para realinhar o site com as melhores práticas.

Consultoria especializada

Em casos de perdas significativas de tráfego, considere contratar especialistas em SEO com experiência comprovada em migrações de sites para auxiliar na recuperação. Fale conosco se precisar de ajuda!

3 Perguntas frequentes sobre migração de sites e SEO

  1. Migrar meu site sempre causa queda de tráfego?

Nem sempre, mas é comum ver flutuações temporárias. Com planejamento técnico, a queda pode ser mínima ou inexistente.

  1. Qual o melhor momento para migrar meu site?

Evite períodos de alta sazonalidade e execute a migração quando puder acompanhar de perto os resultados por pelo menos 30 dias.

  1. Vale a pena contratar uma agência para isso?

Sim. Uma equipe especializada antecipa erros e evita prejuízos. O custo de um erro de migração mal feita é muito maior do que o de um bom planejamento técnico.

Evite perdas

Migrar um site não precisa ser um bicho de sete cabeças. Com planejamento e estratégias certas, você evita perdas e ainda transforma a mudança em uma oportunidade de crescimento. Se você está planejando migrar seu site ou já passou por uma migração mal executada, fale com a Making. Podemos ajudar a estruturar ou corrigir o processo para garantir o desempenho que seu site e loja virtual merecem.

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