A chegada da inteligência artificial (IA) mudou a forma de criar conteúdo online trazendo muita rapidez e eficiência, mas, ao mesmo tempo, apareceu um problema: como manter a autenticidade, a “cara/identidade” da marca, nesse mundo digital cheio de informações?
O desafio: manter a conexão humana
O grande desafio é usar a IA sem perder a conexão real com as pessoas. No início, quando a IA começou a ser usada para escrever, o objetivo principal era fazer textos rápidos e em grande quantidade, focados em aparecer nos resultados de busca e dar as informações básicas. Porém, faltava aquele toque especial, a emoção e a identidade que fazem uma marca ser lembrada.
Hoje, a IA está mais avançada. Programas como o GPT-4 conseguem escrever textos complexos, imitar diferentes estilos e até adaptar o jeito de falar para cada público.
Só que a autenticidade continua sendo um ponto crucial. Sendo assim, é importante encontrar maneiras de unir a eficiência da IA com a comunicação humana de verdade.
Como a IA não tem vivências, sentimentos e a capacidade de criar laços profundos como nós, o conteúdo feito só por ela pode parecer sem graça, frio e distante, o que gera menos confiabilidade e menor ligação com o consumidor. A autenticidade, por outro lado, cria confiança, fidelidade e ligações duradouras entre as marcas e as pessoas.
Entendendo como a IA escreve
A inteligência artificial, como o GPT-4, é treinada em grandes volumes de texto da internet. Ela prevê qual é a próxima palavra mais provável com base em padrões linguísticos.
Isso significa que ela escreve bem, mas não vive, não sente e não tem intenção criativa própria. Por isso, é essencial que profissionais humanos façam curadoria do conteúdo, garantindo que a informação tenha propósito, emoção e verdade.
O que o Google pensa sobre conteúdos gerados por IA?
Segundo o Google Search Central, não há penalização direta para conteúdos escritos por inteligência artificial, desde que:
- Sejam úteis
- Sejam escritos com qualidade
- Tenham originalidade
- Demonstrem experiência real no assunto
Ou seja: não importa “como” foi escrito, mas, sim, o valor que esse conteúdo entrega ao usuário. E isso só se atinge com revisão humana, estratégia editorial clara e compromisso com o leitor.
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Técnicas práticas para humanizar conteúdos com inteligência artificial
O segredo para um marketing digital eficiente com IA não é abrir mão da tecnologia, mas saber mesclar a performance da máquina com o olhar humano. Essa integração bem feita é o que diferencia um conteúdo qualquer de um conteúdo com valor real para o público.
Confira algumas ideias importantes sobre como humanizar conteúdos gerados por inteligência artificial:
1. Pessoas de verdade revisando e colocando a voz da marca
A IA é ótima para fazer rascunhos e dar um ponto de partida. Mas é fundamental que alguém da equipe revise e edite o texto.
Isso permite adaptar o conteúdo à linguagem certa, reforçar o tom editorial da marca e garantir que ele esteja alinhado ao contexto do negócio.
Aqui na Making, por exemplo, temos uma etapa manual de revisão com foco exclusivo no tom de voz do cliente, analisando até o uso de headings e intertítulos para facilitar a leitura em dispositivos móveis.
Assim, dá para colocar detalhes importantes, adaptar a linguagem para o público certo, garantir que as informações estejam corretas e, principalmente, colocar a voz e o jeito de se expressar da marca.
2. Contar histórias reais, com emoção e contexto
Outra maneira de humanizar conteúdos gerados por inteligência artificial é entender que a tecnologia da IA pode ajudar a organizar uma história, mas o que realmente toca as pessoas são as experiências humanas, as emoções e os detalhes que fazem cada história ser única.
Mostrar o dia a dia da empresa e contar a trajetória da marca, com a IA ajudando na forma, mas com a emoção humana no conteúdo, cria uma conexão mais forte.
Aqui na Making, além de contar histórias de bastidores ou de clientes, também usamos IA para cruzar dados e identificar padrões que nos ajudam a entender onde estão as boas histórias. Assim conseguimos adaptar e melhorar as estratégias aplicadas e consequentemente atingir um melhor desempenho nos resultados.
3. Incentivar a conversa e responder como gente
Deixar as pessoas comentarem, perguntarem e participarem ativamente transforma o conteúdo em um diálogo.
Além disso, é importante responder de forma sincera e pessoal, mostrando que por trás da marca existem pessoas de verdade que se importam com seus clientes.
Essa presença ativa é percebida tanto por humanos quanto por algoritmos — e pode melhorar sua autoridade online.
Por que humanizar é estratégico?
Segundo uma pesquisa do Content Marketing Institute, conteúdos com narrativa autêntica e foco humano têm 2,5 vezes mais chance de gerar engajamento duradouro.
Além disso, um levantamento da Nielsen, empresa líder global especializada em medição de audiência, dados e análises, indica que as pessoas confiam 92% mais em recomendações humanas do que em comunicações automatizadas. Isso mostra que a humanização não é apenas uma tendência criativa, é uma decisão estratégica de marketing.
IA: muito além de geração de conteúdo
Se engana quem pensa que a inteligência artificial auxilia apenas na geração de conteúdo. Na Making, utilizamos a tecnologia para análise de resultados com alto volume de dados.
Recentemente, contamos com a ajuda do Microsoft Clarity, que gerou inúmeros insights de navegação de uma loja virtual com problemas não detectados em nossos relatórios de resultados.
Por se tratar de um grande volume de dados, exportamos e enviamos à IA, pedindo para que fossem analisadas as semelhanças dos mapas de calor de navegação desses dados. Dessa forma, identificamos e resolvemos o problema.
Humanizar ou automatizar: qual voz vai vencer?
Com o passar do tempo e o avanço da tecnologia, em um futuro próximo, é bem provável que o conteúdo feito por IA no marketing digital misture ainda mais a inteligência artificial com a criatividade humana, pois as ferramentas devem entender cada vez mais a linguagem e as emoções das pessoas, permitindo criar conteúdo ainda mais personalizado.
Mas mesmo com todo esse avanço, a supervisão humana continuará sendo essencial. A capacidade de fazer escolhas éticas, interpretar sentimentos e se adaptar a contextos culturais segue como um diferencial exclusivo das pessoas.
Para um conteúdo de valor, que atinja de forma objetiva o seu público-alvo, não basta gerar, é preciso tocar, sendo assim, a atuação do profissional de marketing é similar a de um maestro, que deve combinar o poder da IA com sua própria inteligência, criatividade, conhecimentos e vivências para criar conexões importantes com o público.
E mais: ao unir tecnologia com autenticidade, sua marca também se diferencia no mercado e aumenta as chances de ranqueamento no Google.
Respondendo às dúvidas que mais ouvimos de clientes aqui na Making
“Vale a pena usar IA mesmo se meu conteúdo for técnico ou sensível?”
Sim — desde que haja supervisão (humana) de um profissional. Conteúdos técnicos exigem validação, e a IA pode não compreender totalmente os contextos específicos. Um especialista deve revisar antes da publicação.
“Se todo mundo está usando IA, como minha marca pode se diferenciar?”
Trazendo sua própria experiência, visão de mundo e posicionamento. A IA pode ajudar a escrever, mas quem viveu o que fala tem mais credibilidade e isso aparece no conteúdo.
“Como saber se meu conteúdo está genérico ou com ‘cara de IA’?”
Leia em voz alta. Se parecer impessoal demais, genérico, sem opinião ou sem marcas da sua identidade, revise. O diferencial está nos detalhes.
Na Making
Na Making, acreditamos que o futuro do marketing digital não é apenas IA ou humano, mas sim IA e humano. Quando conseguimos unir a potência da tecnologia com a sensibilidade, empatia e propósito das pessoas, criamos conteúdos que informam, inspiram, conectam e permanecem na memória.
Humanizar conteúdos com apoio de inteligência artificial é uma escolha estratégica. Requer método, cuidado e, principalmente, gente envolvida em cada etapa.
E no fim das contas, essa abordagem é boa para todos: melhora a experiência do usuário, ajuda no ranqueamento, fortalece o branding da empresa e gera resultados práticos — como mais cliques, mais tempo na página e mais conversões. Se sua marca quer usar IA sem perder a essência, conte com quem entende de tecnologia e de gente. Entre em contato! A Making está pronta para ajudar a transformar dados e algoritmos em histórias que realmente fazem sentido.